segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Técnica de massagem cardíaca completa 50 anos

Data foi lembrada durante congresso de cardiologia em BH. No evento, estão sendo ministrados cursos de ressuscitação com bonecos.



A descoberta da técnica de ressuscitação cardiopulmonar completou 50 anos neste domingo (26). A data foi lembrada na abertura do 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia, no Expominas, em Belo Horizonte. De acordo com a assessoria do congresso, uma das palestras mais esperadas foi a do norte-americano Vinay Nadkarni, que em outubro vai divulgar as novas Diretrizes de Emergência Cardiovascular. O manual vai ensinar médicos, enfermeiros e paramédicos as técnicas que, aplicadas corretamente, aumentam de 3% para 33% a chance de que um infartado sobreviva ao ataque cardíaco.
Ainda segundo a assessoria, há 50 anos dois médicos norte-americanos e um engenheiro experimentaram, pela primeira vez, a massagem cardíaca em um infartado, cujo coração tinha parado de bater.
No congresso, que vai até quarta-feira (29), estão sendo ministrados cursos de ressuscitação com bonecos, simulando infarto e parada cardíaca. No evento, os médicos assistem a aulas, palestras, exposições e debates com especialistas de vários países.

Pele de menina britânica se desprende 14 vezes ao dia

Garota de 5 anos de idade é portadora de anomalia genética rara. Ictiose lamelar é doença crônica caracterizada por descamação.
 
 
 
Annabelle Whitehouse, uma menina de 5 anos de idade, é portadora de uma doença genética rara que faz sua pele desprender 14 vezes ao dia. Por causa da anomalia, ela é obrigada a usar bandagens permanentemente. A garota, que vive no oeste da Inglaterra, foi diagnosticada com ictiose lamelar, uma dermatose (moléstia da pele) caracterizada pela formação de massas epidérmicas semelhantes a escamas de peixes.
A doença é crônica. Geralmente, a criança nasce como se estivesse envolta em uma membrana constritiva transparente que cobre todo corpo, chamada membrana colódia. Annabelle tem de se tratar com cremes especiais, aplicados em seu rosto e mãos – mais expostos ao ambiente – a cada 30 minutos. Ela também usa bandagens, que são trocadas quatro vezes ao dia, informa o site do jornal britânico “Daily Mail”.
Annabelle passou por orientação psicológica e, segundo seus pais, tem levado uma vida relativamente normal – o que inclui aulas de balé.
 

Gene defeituoso pode ser a causa da enxaqueca, diz estudo

Falha no gene Tresk faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor.

Uma pesquisa britânica revelou que um gene defeituoso pode ser a causa das dores de cabeça características da enxaqueca. Os cientistas envolvidos na pesquisa acreditam que a descoberta pode levar a novos tratamentos para a doença.
Segundo o estudo publicado na revista Nature Medicine, o mau funcionamento de um gene conhecido como "Tresk" faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro que controlam a dor, causando a enxaqueca.
A equipe responsável pela pesquisa, formada por especialistas de diferentes países, utilizou amostras de DNA de pessoas que sofrem da doença e de seus familiares.
Segundo o pesquisador da Universidade de Oxford Zameel Cader, que participou do estudo, o gene Tresk estava inativo nos pacientes, o que causava a enxaqueca. "O que nós queremos é encontrar um remédio que ative o gene", disse Cader à BBC.
"Estudos anteriores haviam identificado partes do nosso DNA que aumentam o risco na população em geral, mas eles não haviam encontrado genes que pudessem ser diretamente responsáveis pela enxaqueca", afirmou Cader.
"O que nós descobrimos é que a enxaqueca parece depender do quão estimuláveis são os neurônios em partes específicas do cérebro".
Estima-se que uma em cada cinco pessoas sofra de enxaqueca. Em vários casos, a dor de cabeça vem acompanhada de náusea e de sensibilidade à luz. Em outros, ela é precedida por um distúrbio sensorial conhecido como aura, identificado pela percepção de uma luz ou de um cheiro estranho.
"(A descoberta) abre avenidas para se planejar novas pesquisas que poderão, então, levar a novos tratamentos, mas certamente este será um longo caminho", diz o médico Aarno Palotie, do Wellcome Trust Sanger Institute.